20 de mai. de 2011

Pedra histórica de 1583 é retirada do mar em Florianópolis

Pesquisadores que trabalham em um sítio arqueológico na Baía Sul da capital catarinense a 6 anos, retiraram do fundo do mar nesta quinta-feira, 23, uma pedra histórica com cerca de 800 quilos, na qual está esculpido o escudo das armas da Espanha. A seguir serão retirados um canhão de bronze que pode ser um dos mais antigos do mundo, armas reais e uma pedra triangular com inscrições em latin citando o rei Felipe II da Espanha.

Pedra histórica
com o escudo espanhol
datado de 1583
Uma extensa área está sendo explorada no local, entre as praias de Naufragados, Ponta dos Papagaios, Praia do Sonho e Pântano do Sul onde entre os séculos XV e XVI era um ponto estratégico de abastecimento para navegadores. “As embarcações que naufragaram seguiam para o Estreito de Magalhães, no Chile (uma passagem navegável ao sul da América do Sul). Tinham um projeto audacioso para a construção de duas fortalezas”, conta Gabriel Corrêa responsável pela exploração.

O capitão Claudio Lisboa, da Capitania dos Portos de Santa Catarina, explica que a pedra retirada está sob a responsabilidade da União e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Depois do trabalho de restauração será feita uma avaliação do local em que a pedra deverá ficar para exposição. “Será feito o levantamento do valor histórico e depois será avaliada uma instituição que tenha condições de manter a peça”, ressalta. “Acredito que a peça deve ficar no Estado”, comenta o secretário executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortis.

Para a coordenadora de Arqueologia da Unisul (Universidade do Sul de Santa Catarina) “a descoberta vai começar a descrever a história de ocupação no Estado”. A universidade fará todo o trabalho de dessalinização e higienização da peça.

O diretor de operações de mergulho, Ney Mund Filho, avalia que a peça é somente “a ponta de um Iceberg. Ninguém fez a inserção na parte coberta, acreditamos que tem muito mais coisas lá”, disse. “Com esta peça facilita a comprovação dos naufrágios”, completa.
 
Fonte: Notícias do Dia

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