6 de jan. de 2012

Polêmicas no desaparecimento da jovem Maiana


Atualização: A juíza Maria Cristina de Oliveira, substituta na 12ª Vara de Cuiabá (MT), decretou na tarde desta quarta-feira (11/01) segredo de Justiça a respeito das investigações do desaparecimento da adolescente Maiana Mariano Vilela, 16 anos, que em 21 de dezembro saiu de um sex shop e depois não foi mais vista. UOL Notícias


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“Ela era carente, queria estudar, crescer, mas eu não tinha condições de dar isso. Ele apareceu na vida dela e a levou para o médico, dentista e para uma ótima escola. E prometeu fazer tudo por ela”, disse a a dona de casa, Suely Cícero Mariano, mãe de Maiana em entrevista ao G1 .

Maiana Vilela, 16 anos, Desaparecida
 O desaparecimento
Maiana foi vista, pela última vez, no dia 21 de dezembro, quando trocou um cheque de R$ 500, em uma agência do Banco Itaú, no bairro CPA II, em Cuiabá.

Após o sumiço da menor, que foi amplamente divulgado pela imprensa, duas pessoas compareceram à DHPP e disseram tê-la visto no dia que ela sumiu.

Uma das testemunhas é a proprietária de um sex shop localizado no bairro CPA II. A comerciante disse que a menor entrou na loja e comprou uma fantasia de "Mamãe Noel", no valor de R$ 80.

A compra teria sido feita no dia 21, mesmo dia em que a menor desapareceu. A lojista disse ainda que Maiana estava acompanhada de um homem e que a menor teria revelado ser o seu "marido" e que a aguardava no lado de fora da loja.

Investigação e Denúncia de exploração sexual
Maiana - desaparecida
“Nós percebemos o benefício financeiro que ela tinha com o relacionamento da filha. Já encaminhei a denúncia à delegacia e a delegada responsável é que vai decidir se instaura ou não um novo inquérito”, explicou a Delegada Anaíde Barros, que encaminhou denúncia de exploração sexual contra a garota à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), da capital. 

A denúncia foi embasada em depoimentos de pessoas próximas à adolescente, entre elas, a mãe. Ainda de acordo com a delegada, a dona de casa, Suely Cícero Mariano se beneficiou do relacionamento da filha, com a reforma da casa, aquisição de aparelhos eletroeletrônicos, tratamento de saúde e até passagens para viagens ao Paraná.

Duas vertentes principais são seguidas pelas investigações da DHPP.

 Uma é de que a menor fugiu propositalmente, para pôr fim a uma possível situação de exploração sexual aceita pela própria mãe de Maiana e a outra é de que os envolvidos no triângulo amoroso composto pelo empresário Rogério Silva Amorim, 38, que era namorado da menor; a esposa de Rogério, Calisângela de Morais, 36; e a mãe da garota, a diarista Sueli Cícero Mariano, 47  possam ter envolvimento com o desaparecimento da menor.  "Até o momento, todos os envolvidos são suspeitos. Não descartamos nenhuma possibilidade", disse Anaíde  finalizando que até o momento, não foram encontrados vestígios de morte ou acidente.

A lentidão da Justiça atrapalha a investigação

Empresário Rogério Amorim, 38,
 pode ter o sigilo telefônico quebrado

A delegada responsável pelo caso, Anaíde de Barros, da Delegacia Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP),  requisitou as imagens do banco onde Maiana teria trocado o cheque. Também solicitou a quebra de sigilo telefônico da menor e de três pessoas próximas a mais de uma semana, mas até o momento não obteve resposta.

Segundo a assessoria, o  pedido foi protocolado no último dia 27, no Forúm de Cuiabá, e ainda não chegou ao Ministério Público Estadual. Esta informação é necessária para a continuidade das investigações, disse Anaíde.


Denúncia ou Informação 
Qualquer pessoa que tiver informação sobre a localização de Maiana pode informar à Polícia sem se identificar. As ligações podem ser feitas aos telefones 65-3901-4825/65-3901-4823 ou nos prefixo 190 ou 197.

A ligação é gratuita e o sigilo é garantido.

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