20 de abr. de 2012

Preciso de Ajuda - Renato


"Meu pai me carregava num carrinho de papelão
 e me dava maria-mole" 


Renato tinha cerca de 5 anos quando saiu da sua casa, em uma vila do Bairro da Consolação, na capital em São Paulo, para comprar um lanche na avenida Paulista.

 Buscando em suas poucas lembranças, ele conta:
"Meu pai me carregava num carrinho de papelão e me dava maria-mole e eu tinha uma irmãzinha de mais ou menos um aninho e tinha um irmão mais ou menos do meu tamanho."

"Um escrivão me encontrou e perguntou se eu sabia voltar pra casa. Eu disse que não. Ele me levou até a delegacia. Demos uma volta de carro, mas não adiantou"  Renato então foi levado para o Educandário de São Paulo onde ficou até os 14 anos. De lá foi transferido para Araras onde permaneceu até os 16 e depois Batatais até os 18.
"Depois vim pra Ribeirão e fiquei morando na rua por 15 dias. Consegui emprego pra entregar panfleto, fazer xerox e hoje trabalho varrendo a praça Carlos Gomes", conta. O gari pretende, no fim do ano, quanto estiver de férias, passar um mês na capital. "Vou ficar na rodoviária de São Paulo, segurando o mesmo cartaz", diz ele esperançoso.
A  ideia do cartaz surgiu enquanto ele distribuía panfletos de publicidade na rua. 
Facebook
Renato hoje mora em Ribeirão e dedica alguns minutos de cadia para ficar nas ruas segurando seu cartaz  onde escreveu as poucas informações que possui.
A idéia do cartaz chama a atenção de quem passa e num desses dias, mais exatamente em 10 de abril, uma jovem que mora em Ribeirão Preto ficou comovida com aquele moço de olhar triste pedindo ajuda. Nanda conta, "resolvi tirar uma foto e postar, para a galera do face compartilhar... Não custa nada, né?!" 
A iniciativa da jovem rendeu muitos milhares de compartilhamentos na rede e em poucos dias a foto de Renato com o cartaz ganhou espaço, se espalhando pelo Brasil.
40 anos se passaram desde o dia em que se perdeu  na Consolação. Hoje ele mora na zona norte do Ipiranga e acalenta um sonho; reencontrar sua família, seus pais, seus irmãos. 
Ele só sabe que se chama RENATO.  O sobrenome Almeida e data de nascimento fictícia, 25 de outubro de 1972  foram  dados pela   Assistente Social que o recebeu.  Esta data é o dia em que ele foi encontrado.
VAMOS AJUDAR RENATO? Quem souber de uma criança desaparecida em 1972,  entre em contato:  contatodesaparecidos@gmail.com
Fonte: Desaparecidos do Brasil

Divulgação permitida desde que citada a fonte.