23 de jul. de 2011

O mistério mais intrigante do país - O escoteiro desaparecido.

A única certeza é que se trata de um dos maiores mistérios do país:
Marco Aurélio sumiu e nunca se encontrou nenhum vestígio do adolescente, nem mesmo suas roupas ou o apito. Nada!


Marco Aurélio, desde pequeno era bem quisto por todos, muito brincalhão, extrovertido, líder e representante de classe, fazia parte de movimentos católicos e se formou escoteiro. Tinha excelente relacionamento com a família e seu irmão gêmeo Marco Antonio que sente até hoje, que seu irmão está vivo. Porém, num fatídico junho de 1985, toda essa alegria emudeceu e deu lugar a um drama que envolve um dos maiores mistérios que se tem conhecimento no Brasil e persiste até os dias de hoje.


Aos 15 anos ele decidiu participar pela primeira vez de uma excursão organizada pelo Grupo Escoteiro Olivetano, de São Paulo, chefiados por Juan Bernabeu Céspedes, que na época estava com 30 anos de idade. Outros três escoteiros participaram da excursão, todos da cidade de São Paulo e com idades entre 14 e 16 anos: Osvaldo Lobeiro, Ricardo Salvioni e Ramatis Rohm. (foto dir.)

O objetivo: Alcançar o Pico Marins a 2420,7 m de altitude.

O trekking na subida ao pico é considerado de dificuldade média-pesada. A subida é conhecida como escalaminhada, não sendo necessários equipamentos especiais como cordas e grampos. Sempre deve-se contar com ajuda de guias para evitar se perder na trilha. Atenção especial com a hipotermia para quem vai passar noite no topo já que lá no verão a temperatura pode chegar até 0 grau em alguns dias e no inverno atingir até 12 graus negativos.

Naquele dia 8 de junho, durante a escalada rumo ao pico Marins quando estavam a 2.300 metros de altitude, um dos escoteiros, Osvaldo Lobeiro se machucou, o que impediu que continuassem a escalada. Decidiram então voltar e Marco Aurélio que havia sido nomeado monitor da equipe num "fogo de conselho" (reunião ao redor de uma fogueira, típica do escotismo) na noite anterior, foi incumbido pelo chefe Juan Bernabeu Céspedes de descer na frente em busca de socorro. Orientado a escrever o número 240 (número do Grupo Escoteiro Olivetano) com giz nas rochas como sinalização durante a descida, o jovem partiu para cumprir a determinação do chefe e nunca mais foi visto: DESAPARECEU MISTERIOSAMENTE.

Marco Aurélio carregava consigo um apito, comum entre os escoteiros para ajudar na comunicação e localização e um giz de marcação. O mais intrigante é que Marco Aurélio era um dos mais experientes do grupo e conhecia as técnicas de sobrevivência na selva. Mesmo que tivesse que pernoitar na mata, saberia abrir clareiras para visualização aérea no caso de se perder.  Porém nenhum vestígio dele jamais foi encontrado.

Seu desaparecimento ganhou as manchetes do país inteiro e uma grande mobilização, como jamais vista foi montada. Durante 28 dias, mais de 300 pessoas entre policiais civis e militares, soldados do Batalhão de Infantaria do Exército sediado em Lorena, do COE (Comando de Operações Especiais) e bombeiros, bem como voluntários civis que incluíam alpinistas, mateiros e guias da região se mobilizaram na busca. Até mesmo parapsicólogos, sensitivos e videntes participaram dos esforços. A região foi completamente vasculhada e sobrevoada por helicópteros e aviões, sem sucesso.

NO FANTÁSTICO


João Correa, guia que ajudou nas buscas disse: " De tudo que é local que pudemos entrar nós entramos. Se ele não foi encontrado é porque não estava na área, se estivesse la, nós o teríamos encontrado". (Foto a esquerda João Correa)

As desconfianças recaíram imediatamente sobre o líder do grupo Juan Céspedes. Ele foi tachado de irresponsável ao mandar o adolescente sozinho montanha abaixo por caminhos que ele não conhecia, em busca de ajuda. Durante a investigação ele foi suspeito de haver cometido um crime e foi intensamente interrogado, mas ele foi taxativo ao negar qualquer crime.

“Nunca desconfiamos do Juan Céspedes porque ele era amigo da família. Chegou a passar o Natal com a gente. Mas hoje penso diferente”, afirma o pai.

“Não quero incriminá-lo, não existem provas. Mas os escoteiros contaram que Juan chegou a acompanhar meu filho por um trecho quando ele foi buscar ajuda. Depois ele voltou, pegou o resto do grupo e desceu a montanha por um outro caminho”.
Quando o grupo finalmente chegou a base, Juan voltou sozinho ao local e procurou Marco Aurélio por umas cinco horas. Só depois ele voltou e comunicou o sumiço.

UM MISTÉRIO QUE MEXE COM O IMAGINÁRIO DAS PESSOAS

O estranho desaparecimento criou base para muitas teorias desde homicídio, sequestro, amnésia, fuga voluntária, abdução e até mesmo a possibilidade dele ter sido devorado inteiro por alguma cobra gigante.

Em 1986, a mãe de Marco Aurélio procura por Chico Xavier e durante a sessão Chico abraça a mãe e diz: "Desculpe, mas só faço contato com desencarnados"

Sem pistas, o processo é arquivado em 5 de abril de 1.990.

Recentemente, o jornalista e escritor Rodrigo Nunes relizou um trabalho investigativo sobre o caso, que durou um ano e dez meses. Essa investigação se transformou em um livro onde ele relata fatos que aconteceram naqueles dias. Conta sobre clarões e luzes vistas a noite sugerindo a presença de discos voadores na região.

Em outro trecho ele escreve que o escoteiro Osvaldo, o que se machucou e foi transportado por uma maca, em depoimento à polícia levantou uma suspeita sobre a possibilidade de crime de pedofilia. Contou que na noite anterior ao desaparecimento quando eles ainda estavam na base, Marco Aurélio teria saído da tenda para urinar e em seguida o lider Ruan também saiu. Quinze minutos depois retornaram e Osvaldo percebeu uma agitação incomum em Marco Aurélio o que lhe causou suspeitas.

Com o sucesso do seu livro, Rodrigo Nunes realiza novas investigações e escreve "Operação Marins 2" onde relata suas novas descobertas. A idéia agora é transformar tudo em um filme.




O pai, jornalista Ivo Simon diz,

" É um trauma assim que não passa....eu espero estar vivo ainda um dia para saber o que aconteceu com meu filho Marco Aurélio"
.

Disposto a tudo, o pai de Marco Aurélio pretende fazer novas investigações e também divulgar a foto do outro filho, Marco Antonio que é o irmão gêmeo, na esperança que alguém possa reconhecê-lo. Para isso criou um blog e pede ajuda para a divulgação: escoteirodesaparecido.blogspot.com


Ninguém acredita na morte de Marco Aurélio, nem mesmo a polícia.


As possibilidades prováveis são poucas:

Ele poderia ter-se perdido naquela montanha com mata cerrada e pedras gigantescas, caído em algum precipício de difícil acesso a quilômetros dali e nunca seria encontrado. Esta é a hipótese menos provável porque ele marcaria o local a medida que seguisse em frente ou retornaria pelo mesmo caminho marcado caso se achasse perdido.

Abdução por ovnis também é improvável pelo local ser de mata fechada, e ainda assim haveriam sinais ou até mesmo a 'devolução' do garoto após tanto tempo. (segundo especialistas)

Assassinato ali naquele local, onde carregar e dar sumiço em um corpo seria quase impossível pois tudo foi vasculhado e cães farejadores teriam encontrado o corpo.

O MAIS PROVÁVEL SERIA:
Perda de memória, devido uma forte coação psicológica ou medo, que poderiam tê-lo feito percorrer quilômetros, porém acabaria sendo encontrado uma vez que estava uniformizado e o caso foi divulgado em todas as mídias.

Fuga motivada por ameaças ou por alguma briga entre os membros. Ainda assim, com o passar dos anos ele já teria entrado em contato.

Sequestro premeditado com envolvimento de terceiros para algum fim escuso.

    Em algum momento, falta um pedaço dessa história. Talvez hoje com novas tecnologias se descubra finalmente onde está a chave deste mistério.

Amanda iab
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Informações podem ser enviadas para o nosso contato e será encaminhado à família.

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Fonte: DESAPARECIDOS DO BRASIL
Fotos e informações net. // Foto do Cartaz enviado pela irmã de Marco Antonio (foto).


CARTAZ PARA DIVULGAÇÃO:  (by iab)


Um comentário:

Joao Rezende disse...

Parabéns pela excelente matéria.
Sou chefe escoteiro e ajudei nas buscas, conheço a família e os dois irmãos.

Faço um pedido, que cada cidadão colabore na divulgação deste e-mail, tendo em mente seus próprios familiares. Vamos fazer a maior corrente de bem que o Brasil já formou e trazer o Marco Aurélio de volta para sua casa. Aos que foram ou são escoteiros, lembrem-se "Uma Vez Escoteiro, Sempre Escoteiro - Um por todos e Todos por Um"
Joao Rezende
Curitiba-PR