10 de nov. de 2013

Corpo de menino encontrado no rio pode ser de Joaquim desaparecido em Ribeirão Preto


ATUALIZADO - O corpo de Joaquim Ponte Marques foi encontrado sem vida .
Segue inquérito policial  para apurar se houve crime e quem são os culpados. O principal suspeito da polícia é o padastro do menino.
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O corpo de uma criança encontrado em uma propriedade rural em Barretos, boiando sobre as águas do Rio Pardo neste domingo, por volta das 11h30, pode ser do menino Joaquim, desaparecido há cinco dias. Bombeiros e a delegada de plantão da Polícia Civil em Barretos, Maria Tereza Vendramel, se deslocaram ao local.

Segundo Osinski, a criança encontrada vestia um pijama estampado idêntico ao descrito pela família no boletim de ocorrência registrado no dia do desaparecimento. “Mais de 99,9% de chance de ser o menino, não tem dúvida. A descrição da blusa de cima bate com aquela que constou do boletim de ocorrência inicial”, afirma.

Em Ribeirão Preto, policiais militares fecharam o quarteirão da casa em que vivem Natália e Guilherme, mãe e padrasto do menino, investigados pela polícia.

Joaquim Ponte Marques - Desaparecido Ribeirão Preto/SP


O desaparecimento

Joaquim, 3 anos, desapareceu na madrugada de terça-feira (5), de dentro da casa onde mora com a mãe e com o padrasto no bairro Jardim Independência. Em depoimento à polícia, Natália Ponte afirmou que notou a ausência do filho pela manhã, ao procurá-lo no quarto, por volta de 7h, para aplicar uma dose de insulina, já que o menino é diabético. Segundo a mãe, as janelas da casa têm grades, o portão estava trancado, mas a porta da sala estava aberta. Natália afirmou que o atual marido é usuário de drogas e que teria sido ele o último a ter contato com o garoto, ao colocá-lo para dormir, por volta de meia-noite.
Mãe e padrasto da criança
O padrasto Guilherme Longo, que admitiu ser dependente químico, contou que nas últimas semanas teve uma recaída e que chegou a sair de casa na madrugada em que Joaquim desapareceu para ir atrás de drogas. Ele disse que deixou a porta aberta ao sair, mas que voltou rápido porque não encontrou o que procurava.

Longo, que teve a prisão temporária pedida junto com a mãe pelo delegado, negou que a dependência pudesse oferecer riscos ao menino e às outras pessoas com quem convive. O pedido de prisão do casal foi negado pela Justiça na semana passada.

O tio de Joaquim, Flávio Paes, que desde terça-feira acompanha os trabalhos da polícia ao lado do irmão Arthur Paes, pai de Joaquim, em Ribeirão Preto, afirmou que o casal trata o desaparecimento com descaso.


Escola

Em entrevista ao G1, a assessora de direção da escola contou que Joaquim foi matriculado no início de agosto, quando a família da mãe se mudou de São Joaquim da Barra (SP) para Ribeirão Preto. “Ele está conosco há pouco tempo, mas já é muito querido. O Joaquim se adaptou muito rápido, é um menino muito esperto e inteligente”, contou.

Segundo Ivete, Joaquim não frequentava a escola desde o dia 29 de outubro, uma semana antes de desaparecer, por causa da adaptação da nova rotina após ser diagnosticado com diabetes, no final de setembro. “A mãe disse que ele estava precisando de insulina com frequência e achou melhor deixá-lo em casa por uns dias para fazer esse controle”, disse.

A assessora de direção da escola conta que os profissionais envolvidos com Joaquim nunca observaram nenhum comportamento diferente entre Joaquim, a mãe e o padrasto. O menino, segundo ela, também não fazia queixas contra o casal. “Nunca observamos nada de anormal. Eles são uma família normal e nunca existiu nenhuma situação que chamasse a nossa atenção. A relação dele com a mãe e o padrasto era muito tranquila”, conta.

Segundo ela, Natália era quem na maioria das vezes levava e buscava o filho na escola.


Confirmação
A confirmação de que se trata do menino desaparecido ainda depende de exames que serão feitos no Instituto Médico Legal (IML) de Barretos e do reconhecimento dos familiares.
Quase certo de que se trata de Joaquim, ele informou que vai solicitar a realização de exames médicos específicos, como testes de insulina, que poderão ajudar nas investigações. “Vou pedir vários exames, se for confirmado que é o Joaquim. Precisamos saber de várias coisas, se foi esganado, por que lesão morreu”, diz.


10/11/2013

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